A Era Vargas inicia nos anos
1930, com a eleição e promessa de Vargas de que aquele governo seria
provisório, e que com isso iriam colocar o Brasil de volta aos trilhos para que
fosse possível a realização de eleições democráticas e diretas. Assim que
assume o posto de presidente da República, Getúlio anula a Constituição de
1891, retirando assim a autonomia dos então Estados do país e mantendo o poder
em suas mãos.
O
governo de Getúlio coloca um fim na chamada República do Café com Leite, pois
desestrutura as oligarquias com suas nomeações aos cargos, fato esse que não
tirava o poder das mãos dos poderosos e ricos, somente mudava sua direção.
As
ações citadas acima demonstram o principal objetivo de Vargas, que era a
centralização do poder e manutenção do país, o transformando numa nação forte
economicamente com foco na ordem, progresso e bem estar social. Também visava a
criação do sentimento de pertencimento do povo à nação, da exaltação do
patriotismo, utilizando dos seus discursos prontos e com frases de efeito.
Dessa
forma, Getúlio buscou primeiro a classe trabalhadora, fazendo mudanças nas
políticas trabalhistas, criando o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
criando leis que melhorariam as condições de trabalho e garantiriam os direitos
do povo trabalhador. Essas ações fizeram com que os choques entre trabalhadores
e Estado, e que o Estado dominasse a classe com seus atos e discursos. Tais
acontecimentos manteriam o trabalhador em defesa e apoio do governo da época.
Para
consolidação do Estado centralizado, também há um foco na educação e formação
de professores, mais tardiamente com a criação do SENAI, Vargas institui a
aprendizagem industrial com intenção de potencializar a indústria e o comércio.
Em
1934 há convocação de uma nova Constituinte, que incluiu a ordem econômica,
social, da cultura, da educação e da segurança nacional, que serviu de base
para o golpe de Estado em 1937. Getúlio então é eleito pela Assembleia
Constituinte, de forma indireta e como reação, o voto secreto, o voto feminino
e os direitos trabalhistas são instituídos, a instauração do Ministério da
Educação e Saúde garante a criação de universidades e melhorias no ensino e na
aprendizagem.
Entretanto,
mesmo em meio à grandes apoios, Vargas não era agradável à todos e isso fez com
o que Brasil se polarizasse, haviam diferentes e fortes correntes ideológicas
como principalmente o integralismo, o socialismo, o autoritarismo centralizador
e o social progressista. Sendo esse último representado pela Aliança Nacional
Libertadora, associada ao Partido Comunista Brasileiro. Sendo a ANL a principal
oposição ao governo instaurado, que conquistava cada vez mais pessoas pelos
seus ideais, mas com isso, havia forte repressão por parte do Estado, sendo o
auge dela, a Intentona Comunista em 1935 que derrotou e desintegrou a oposição.
Já em 1937 o golpe acontece com apoio das
Forças Armadas, e a Constituição é anulada e se impõe uma nova, que restringia
os direitos políticos dos civis. Houve também a extinção de partidos políticos,
a maioria da oposição. Desse modo, começava a ditadura Getulista, o Congresso
Nacional foi fechado e os parlamentares de oposição presos. O poder legislativo
e o federalismo foram extintos, retirando a autonomia dos Estados e todas as
atribuições eram concentradas no Executivo.
O
discurso anti-comunista foi uma das bases que auxiliaram a permanência de
Vargas, ele se aproveitava da polarização ideológica para centralizar o poder do
Estado, enaltecia o tempo todo o amor à pátria por meio das mídias, e no ano de
1939 cria o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda que controlava os meios
de comunicação, produzia e divulgava o discurso para criação do regime,
instituições e do chefe do governo.
Vídeo sobre a Era Vargas 1930-1945 https://www.youtube.com/watch?v=JRZ2AYFYLaU
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