quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

ERA VARGAS (1930-1945)


A Era Vargas inicia nos anos 1930, com a eleição e promessa de Vargas de que aquele governo seria provisório, e que com isso iriam colocar o Brasil de volta aos trilhos para que fosse possível a realização de eleições democráticas e diretas. Assim que assume o posto de presidente da República, Getúlio anula a Constituição de 1891, retirando assim a autonomia dos então Estados do país e mantendo o poder em suas mãos.
            O governo de Getúlio coloca um fim na chamada República do Café com Leite, pois desestrutura as oligarquias com suas nomeações aos cargos, fato esse que não tirava o poder das mãos dos poderosos e ricos, somente mudava sua direção.
            As ações citadas acima demonstram o principal objetivo de Vargas, que era a centralização do poder e manutenção do país, o transformando numa nação forte economicamente com foco na ordem, progresso e bem estar social. Também visava a criação do sentimento de pertencimento do povo à nação, da exaltação do patriotismo, utilizando dos seus discursos prontos e com frases de efeito.
            Dessa forma, Getúlio buscou primeiro a classe trabalhadora, fazendo mudanças nas políticas trabalhistas, criando o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, criando leis que melhorariam as condições de trabalho e garantiriam os direitos do povo trabalhador. Essas ações fizeram com que os choques entre trabalhadores e Estado, e que o Estado dominasse a classe com seus atos e discursos. Tais acontecimentos manteriam o trabalhador em defesa e apoio do governo da época.
            Para consolidação do Estado centralizado, também há um foco na educação e formação de professores, mais tardiamente com a criação do SENAI, Vargas institui a aprendizagem industrial com intenção de potencializar a indústria e o comércio.
            Em 1934 há convocação de uma nova Constituinte, que incluiu a ordem econômica, social, da cultura, da educação e da segurança nacional, que serviu de base para o golpe de Estado em 1937. Getúlio então é eleito pela Assembleia Constituinte, de forma indireta e como reação, o voto secreto, o voto feminino e os direitos trabalhistas são instituídos, a instauração do Ministério da Educação e Saúde garante a criação de universidades e melhorias no ensino e na aprendizagem.
            Entretanto, mesmo em meio à grandes apoios, Vargas não era agradável à todos e isso fez com o que Brasil se polarizasse, haviam diferentes e fortes correntes ideológicas como principalmente o integralismo, o socialismo, o autoritarismo centralizador e o social progressista. Sendo esse último representado pela Aliança Nacional Libertadora, associada ao Partido Comunista Brasileiro. Sendo a ANL a principal oposição ao governo instaurado, que conquistava cada vez mais pessoas pelos seus ideais, mas com isso, havia forte repressão por parte do Estado, sendo o auge dela, a Intentona Comunista em 1935 que derrotou e desintegrou a oposição.
             Já em 1937 o golpe acontece com apoio das Forças Armadas, e a Constituição é anulada e se impõe uma nova, que restringia os direitos políticos dos civis. Houve também a extinção de partidos políticos, a maioria da oposição. Desse modo, começava a ditadura Getulista, o Congresso Nacional foi fechado e os parlamentares de oposição presos. O poder legislativo e o federalismo foram extintos, retirando a autonomia dos Estados e todas as atribuições eram concentradas no Executivo.
            O discurso anti-comunista foi uma das bases que auxiliaram a permanência de Vargas, ele se aproveitava da polarização ideológica para centralizar o poder do Estado, enaltecia o tempo todo o amor à pátria por meio das mídias, e no ano de 1939 cria o DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda que controlava os meios de comunicação, produzia e divulgava o discurso para criação do regime, instituições e do chefe do governo.
            
Vídeo sobre a Era Vargas 1930-1945 https://www.youtube.com/watch?v=JRZ2AYFYLaU

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